terça-feira, 25 de novembro de 2008

A cidade como uma Grande Escola


Após a leitura do artigo do Dr. Antanas Mockus, o Lixos Perigosos elaborou uma readação com a proposta para modificarmos o cenário de consumo desenfreado e pouco preocupado com a própria saúde e do ambiente. No artigo o Dr. salienta que antes de mudarmos a infra-estrutura (ou seja, legislação) nós precisamos modificar o comportamento (sua analogia de hardware e software) e nós apoiamos a idéia de alterarmos primeiramente nosso comportamento (que é o mais difícil de se fazer), refletindo profundamente antes de adquirir algum item e jamais comprá-lo por impulso bem como implantar a repreensão amigável que o autor cita, onde cada um de nós exerce influência sobre o outro em situações como por exemplo, assistir uma pessoa jogando suas pilhas e baterias indevidamente, repreendê-la de maneira amigável (com uma expressão de desacordo) e, ao captar a mensagem, o outro redima-se de seu erro e receba uma expressão de aprovação. É claro que a mudança de comportamento sustentável passa pela educação formal, porém, como o autor cita, nada a escola poderá ensinar se a cidade não for pedagógica e para alcançarmos tal pedagogia, precisamos compreender melhor o outro, saber que ele também age (assim como nós nos vemos) de acordo com sua ética e não regido apenas pela legislação ou interesses, ensinar pelo lado positivo, abusando da arte e do despertar das emoções que ela causa e saber medir / avaliar ações para julgarmos com solidez, garantindo assim um espaço de aprendizagem mútua e válida.

Ou simplesmente Diana... Di!

Nasci na Lapa aos 15/06/1985 e moro desde então a noroeste da região metropolitana de São Paulo, mais precisamente em Franco da Rocha - Cidade, Ciência e Ternura (não sei aonde mas tudo bem). Sempre trabalhei em São Paulo - não sou conduzido, conduzo! (este lema tem mais a ver comigo) e amo esta cidade, apesar de ainda ter muitos caminhos a descobrir, sei que esta cidade tem a minha cara. Apenas gostaria que a fizéssemos mais humana (sei que é difícil para uma megalópole, mas não custa tentar), quero continuar a morar nesta cidade, porém, mais próximo ao centro para que de fato conheça e usufrua de tudo que ela me pode oferecer.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não deixe o consumo lhe consumir.




No mundo onde as mudanças tecnológicas acontecem a cada minuto em cada canto do planeta, surge a necessidade de nos conscientizarmos e consumir com mais responsabilidade.



A partir do momento que cientistas expuseram para a mídia de que o mundo está em alerta quanto ao aquecimento global, corporações e sociedade colocaram esse assunto em discussão e nada se colocou em prática de forma que víssemos resultados satisfatórios.



Atualmente vemos inúmeras corporações que gastam milhões com projetos sociais de sustentabilidade para combater o aquecimento global e fomentar o desenvolvimento local. Mas elas fazem isso mais para fortalecer a sua marca no mercado, o chamado “ativo intangível” interesse principal no investimento.



Ao mesmo tempo, essas mesmas empresas que investem tudo isso no “social” inovam a cada dia milhares e milhares de novos produtos, muitos deles passando a ser desnecessários às pessoas, que consomem o produto por poucas vezes e descartam no lixo.



De que adianta investir em sustentabilidade, se o incentivo ao consumo desenfreado e ao mesmo tempo “louco” é colocado no subconsciente das pessoas facilmente manipuladas por esse tipo de conduta?



O blog Lixos Perigosos quer mostrar através da reciclagem que se pode consumir de forma consciente, ou seja, pensar muito bem antes de comprar um produto, verificar se realmente vale a pena, se terá um valor totalmente agregado em sua vida e que tenha longa durabilidade.



Através dessas atitudes, os lixos perigosos sumirão do meio ambiente e não precisaremos mais deixar esse blog no ar.

domingo, 23 de novembro de 2008

Técnicas de reciclagem

Existem técnicas já elaboradas e pesquisas recentes que apontam para três métodos de reciclagem de pilhas, são eles:
  1. Hidrometalurgia: rota recentemente pesquisada que é muito utilizada, envolvendo o seguinte processo: lixiviação e recuperação de materiais por extração.
  2. Pirometalurgia: baseada no tratamento a temperaturas elevadas (apartir de 600º C), e recuperação de materiais por destilação; esse tratamento é o de custo mais elevado.
  3. Tratamento físico: método de menor custo, que utiliza operações unitárias de tratamento de minérios, como: moagem, secagem, separação granulométrica, separação magnética e etc.
Abaixo os principais tipos de processo de reciclagem de pilhas desenvolvidos no mundo:


Processo: SUMITOMO

Pais: Japão

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Todas exceto as de Ni-Cd.



Processo: VARS

Pais: Japão

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Alcalinas.



Processo: Recytec

Pais: Suiça

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico, tratamento físico e hidrometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Todas exceto as de Ni-Cd.



Processo: ATECH

Pais: Belgica

Tipo de Processamento: Tratamento físico.

Pilhas que podem ser tratadas: Todas.


Processo: SNAM - SAVAM

Pais: França

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Ni-Cd.



Processo: SAB - NIFE

Pais: Suécia

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Ni-Cd.



Processo: INMETCO

Pais: EUA

Tipo de Processamento: Pirometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Ni-Cd.



Processo: BATENUS

Pais: Alemanha

Tipo de Processamento: Tratamento físico e hidrometalúrgico.

Pilhas que podem ser tratadas: Todas.


No Brasil temos uma empresa localizada na cidade paulista de Suzano, a Suzaquim.


A empresa tem como missão cooperar com a preservação do meio ambiente através do reprocessamento e da destinação final de resíduos industriais, pilhas e baterias, resíduos tecnológicos para a produção de óxidos e sais metálicos.



Desde sua constituição, vem investindo no constante crescimento e conquista de seu espaço, com a melhoria contínua de seus equipamentos, instalações e processos, sempre com o objetivo de oferecer alternativas viáveis para seus clientes quanto à destinação adequada para seus resíduos e aquisição de produtos de qualidade, sem se descuidar da preservação do meio ambiente.



Por que reciclar?



A necessidade de reciclar tange na aglomeração de indivíduos no meio urbano, logo gerando uma quantidade de lixo diariamente, que pode ser descrita da seguinte forma: kg/habitante/dia.


Nos países considerados mais desenvolvidos esse índice pode chegar em torno de 3 kg/habitante/dia. No caso dos E.U.A, por exemplo, esse índice chega a 3 kg/habitante/dia, e são responsáveis por 30 % do lixo mundial, sendo que sua população representa apenas 5 % da população mundial.


O Brasil gera cerca de 0,6 kg/habitante/dia, e o município de São Paulo é responsável por gerar 16.000 tonelada/dia, sendo que desse lixo 10.000 toneladas/dia é domiciliar, logo os habitantes do município de São Paulo geram 1kg/habitante/dia.


A necessidade de reciclar é relativo à seguinte questão: “o que fazer com o lixo nos próximos anos?”. Além disso, a saúde do planeta tem apontado para a valorização dos componentes do lixo como uma das formas de promover a conservação de recursos.


As melhores soluções para essa problemática seriam: reduzir o volume de lixo gerado, reutilização e reciclagem.

Pesquisa de campo acusa desconhecimento da população quanto à reciclagem de lixos perigosos.


A equipe do Lixos Perigosos realizou uma pesquisa com o objetivo de conhecer o comportamento das pessoas quanto ao consumo e descarte de pilhas e contou com a gentil colaboração de 58 entrevistados, dos quais 53% do sexo masculino e 47% do sexo feminino, 60% cursando ensino superior.


Pouco mais de 50% utilizam de 1 a 3 pilhas mensalmente, o que representa 10 vezes mais que a porcentagem que declarou utilizar apenas pilhas recarregáveis e, coincidentemente, os 65,5% que declararam que guardam as pilhas pois não sabem como descartar empatam em relação aos que disseram não conhecer a Lei do CONAMA que impõe aos fabricantes, comerciantes e importadores de pilhas e baterias a responsabilidade pela coleta destes itens após sua vida útil...



Vimos também casos interessantes dessa pesquisa. Dos 58 entrevistados, 2 alegam que jogam pilhas e baterias em lixo comum e ao mesmo tempo tem o conhecimento da Lei do CONAMA, o que leva a nossa dúvida: Se ele conhece a lei, por que joga em lixo comum?


O resultado dessa pesquisa faz concluir que há uma falta de consenso dos dois lados:

  • O governo, em especial o Ministério do Meio Ambiente deveria trabalhar em parceria com o CONAMA para intensificar a divulgação da periculosidade desse tipo de lixo para a sociedade. Em nossa pesquisa, mais da metade desconhece que os comércios, por exemplo servem como postos de coleta desse tipo de material;
  • A própria sociedade também é culpada, pois trata-se de um consumo desenfreado. Se cada um de nós pensarmos bem antes de comprar qualquer tipo de eletro-eletrônico, sem que seja "jogado de lado", por motivos de ter saído da moda, ou por ter lançado uma tecnologia superior, garantiremos para nossos filhos e para nossa próxima geração um mundo melhor e mais consciente do perigo que esse tipo de lixo pode causar ao meio ambiente.


Parece que ainda temos um longo caminho a percorrer em busca da salvação do planeta pois ele pede socorro e nesse caso nós não temos a Liga da Justiça, precisamos fazer a sua vez!

sábado, 22 de novembro de 2008

Recarregáveis Sony: 10 dicas ideais de não levar gato por lebre.

Em um mundo em que temos o avanço tecnológico desenfreado, quase a totalidade das pessoas que gostam de tirar fotos, por exemplo, se esforçam ao máximo para comprar a sua máquima digital. E ao comprar a máquina digital é quase certeza que vai acomanhada de pilhas recarregáveis.


Em São Paulo, especialmente no bairro central da Santa Ifigênia, ponto comercial de artigos eletrônicos, é bastante aparente o mercado ambulante de pilhas recarregáveis falsas e com alto poder de periculosidade ao meio ambiente, pois são fabricadas sem um controle governamental e muitas vezes utilizam processos industriais que fogem das normas técnicas. Com isso, as pilhas recarregáveis, no final do seu tempo de vida, corre sérios riscos de ser jogada ao meio ambiente, poluindo mares, rios e animais.


Portanto, para você não levar gato por lebre ao comprar uma pilha recarregável para a sua maquininha digita nova, nós do Lixos Perigosos colocamos dicas fundamentais para você se safar de pilhas recarregáveis falsificadas, que tem aos montes na Santa Ifigênia:



DICA 1


As pilhas falsas costumam apelar para algumas vantagens para iludir o comprador: a primeira é o preço baixo e a segunda é a "qualidade superior". Entenda por esta "qualidade", a maior capacidade de armazenar energia. Isto quer dizer que enquanto as pilhas originais da Sony são de 2100mAh, 2300mAh e, muito recentemente, de 2500mAh, as pilhas falsas costumam ser de até 3000mAh, 3600mAh. Como eu sei disso? Basta dar uma navegada pela Internet, visitando os websites da Sony e procurando pelas pilhas recarregáveis (rechargeable battery). Então, se você encontrar as pilhas com a capacidade maior do que as que estão no site oficial da Sony, pode considerá-las falsas. E lembre-se que esta maior carga é apenas no rótulo, sendo que na realidade, muito menor do que uma original (10% da capacidade da original no máximo), além do risco de vazar dentro da máquina (numa dessa pode ser um adeus à máquina!).





DICA 2


As pilhas da Sony são comercializadas em blisters com 2 unidades, logo, blisters com 4 ou 6 pilhas são provavelmente falsas. As exceções são as pilhas que vêm com o carregador (aqui vale a mesma dica do ítem 1 - dê uma olhada nos sites da Sony para ver os produtos), geralmente são 4 pilhas.



DICA 3


A marca "HR" no fundo do polo negativo: já vi as pilhas "aparentemente verdadeiras" e que dão boa carga semelhante às das originais sem este "HR" no fundo, mas qualquer pilha da Sony sem esta marca, devem ser consideradas falsas até que prove o contrário. A presença deste "HR" não garante a originalidade!


DICA 4

Presença de uma seqüência de 4 a 6 números em alto relevo e transparente no local do emendo do envólucro de plástico da pilha. É meio difícil de se ver. A ausência deste é sinônimo de pilha falsificada. Infelizmente não foi possível tirar uma boa foto deste detalhe, mas preste atenção nas fotos (Foto 7 e Foto 8).









DICA 5



O logotipo reciclável na base da pilha, onde deve estar escrito: "RECYCLE" e "1.800.822.8837.




A presença deste logotipo não atesta a originalidade do produto, mas a ausência dele significa que a pilha é falsificada. A exceção é alguns lotes de pilha Stamina de 2500mAh (para mercado europeu e japonês) que mesmo sendo original, não traz este logotipo.







DICA 6


O sulco na parte superior (polo positivo) da pilha deve se fina e rasa. Esta diferença é muito notável; uma rápida olhada já dá para separar o joio do trigo.







DICA 7


O bico do polo positivo é mais largo na pilha verdadeira quando comparada a uma pilha falsa. Assim como a base do polo positivo é fosco (parece papel preto) na original e brilhante (parece plástico preto) na falsificada.







DICA 8


No caso das pilhas STAMINA que vem com estojinho, veja a diferença do verdadeiro do falso. Obs: as pilhas Staminas de 2500mAh vendidos nos sites sonystyle.com e sonystyle.com.br não vêm com esta capinha, logo se encontrar Staminas de 2500mAh com estojo, desconfie e preste atenção nos outros detalhes.







DICA 9



Se você falar firmemente e com convicção com o vendedor "você não tem pilhas verdadeiras?", a maioria dos vendedores se entregam. Mas, obviamente você precisa saber reconhecer as verdadeiras e as falsas.


DICA 10


Cuidado para adquirir as pilhas pelo mercadolivre ou arremate, pois 99,99...% dos casos, as pilhas são falsas. E não se deixem enganar pelas fotos do anunciante, pois além de não dar para ver os detalhes, na maioria das vezes o produto entregue não é o da foto do anúncio. Comprar nas lojas aparentemente idôneas, não garante que o produto seja original. Às vezes o próprio lojista é enganado e não sabe que o produto que está vendendo é falso.



Com essas recomendações, você contribuirá para o consumo responsável e sustentável, utilizando pilhas recarregáveis que diminui a quantidade de pilhas descartadas em sua casa e contribui para o boicote de produtos falsificados e sem controle fiscal em suas vendas.